Por muito tempo, no passado, houve uma grande inquietação na busca de conceituar e consolidar a farmácia clínica, visto que o profissional farmacêutico já estava em profunda falta de reconhecimento e identidade profissional.
Então, houve uma necessidade de aproximar o farmacêutico dos problemas farmacoterapêuticos que permeiam a vida do paciente, ou seja, era necessário focar menos no produto “medicamento” e direcionar toda atenção ao paciente.
Diante dessa indagação, uma publicação chave ocorreu, que trouxe o conceito de Cuidado Farmacêutico, vindo do inglês “Pharmaceutical Care”, publicado por Charles Hepler e Linda Strand, em 1990.
No Brasil, temos a Resolução Nº 585 de 29 de agosto de 2013 que regulamenta as atividades e atribuições clínicas do farmacêutico, na qual podemos destacar uma variedade de pontos, como:
Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e técnicos
Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente
Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o propósito de prover cuidado ao paciente.
Para uma compreensão mais aprofundada das atribuições, convidamos você a realizar uma leitura na íntegra da resolução.
Mas a pergunta norteadora é a seguinte: temos colocado em prática nossos conhecimentos farmacêuticos em prol do paciente? Estamos exercendo o cuidado, farmacêutico?
Talvez a maioria das respostas seja “não”, não estamos atuando como profissionais clínicos, e isso pode ser visto dentro do senso comum, com muitas pessoas ainda com dificuldades de caracterizar o farmacêutico como um profissional de saúde.
Muitos de nós ainda completamos a formação base na universidade e somos direcionados aos cargos de gestão, logística, serviços, puramente de dispensação, etc. E não há nenhum problema nisso, a gestão correta do medicamento é uma atividade importante para que o paciente tenha sucesso em sua terapia. Porém, essas atividades não podem, somente, ser confundidas ou relacionadas com a prática clínica do farmacêutico.
Atualmente, querer dar o primeiro passo é fundamental para migrar para farmácia clínica. Se você não tem nenhuma base de como começar, nós do time Propósito, recomendamos estudar os princípios teóricos que dão base a farmácia clínica; segundo, analisar a possibilidade colocar em prática os conhecimentos adquiridos, seja realizando com poucos pacientes que passam em sua drogaria ou iniciar com um ou dois pacientes em seu hospital ou unidade de saúde que você atue; terceiro, continuar estudando e se aperfeiçoando, a farmácia clínica é hoje um mundo de atuação e com várias subespacialidades, mas é importante frisar, os princípios são os mesmos.
A nossa Pós-graduação te dará uma base bem estabelecida sobre o que é farmácia clínica, seus principais métodos de aplicação, entre tantos outros assuntos que te capacitarão para esse campo de atuação que não para de crescer.
Além disso, todas as semanas realizamos aulas gratuitas em nosso canal do YouTube com professores extremamente capacitados. E não paramos de investir e atualizar nossos colegas farmacêuticos, a cada dois meses realizamos uma jornada imersiva de 5 horas em farmácia clínica e hospitalar.
O importante é você dar o primeiro passo!
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