Imagem: Foto da participação do Professor João Victor Laureano no Health Meeting Business & Innovation
A Semana Mundial de Conscientização sobre Resistência Antimicrobiana, celebrada de 18 a 24 de novembro, reforça a importância de ações coordenadas para reduzir o impacto da resistência antimicrobiana (RAM). Uma das estratégias mais eficazes para enfrentar esse desafio é o stewardship de antimicrobianos, que inclui não apenas o uso racional de medicamentos, mas também a aplicação de ferramentas de farmacoeconomia para engajar as instituições de saúde nesse esforço global.
O que é a Resistência Antimicrobiana (RAM)?
A RAM ocorre quando microrganismos, como bactérias, desenvolvem mecanismos para resistir à ação de medicamentos antimicrobianos, como antibióticos. Esse fenômeno transforma infecções antes tratáveis em desafios médicos graves, ameaçando a saúde pública e os avanços da medicina moderna.
Por que a RAM é uma ameaça global?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a RAM como uma das maiores ameaças à saúde humana e animal. Sem antimicrobianos eficazes:
Procedimentos médicos complexos, como transplantes de órgãos e tratamentos de câncer, tornam-se de alto risco devido à vulnerabilidade a infecções.
Infecções comuns podem se tornar fatais.
Estudos indicam que a RAM já impacta o tratamento de pacientes no mundo todo e que, sem ações imediatas, o problema pode se agravar significativamente.
O papel do uso responsável de antimicrobianos
A RAM é acelerada pelo uso inadequado de antimicrobianos, como:
Automedicação: Uso de antibióticos sem prescrição médica.
Uso desnecessário: Pressionar médicos para prescreverem antimicrobianos quando não indicados.
Doses incorretas: Tomar a medicação de outra pessoa ou guardar sobras para uso futuro.
Essas práticas não apenas prejudicam o paciente individual, mas contribuem para a disseminação da resistência na comunidade.
Por que o Stewardship de Antimicrobianos é essencial?
O stewardship de antimicrobianos é um conjunto de práticas que busca garantir o uso responsável de antimicrobianos, promovendo:
Prescrição adequada com base em evidências clínicas.
Prevenção de infecções resistentes, protegendo pacientes e recursos hospitalares.
Otimização de custos ao evitar tratamentos ineficazes e complicações associadas a infecções por microrganismos resistentes.
No contexto institucional, integrar programas de stewardship com avaliações de farmacoeconomia é fundamental para demonstrar os benefícios financeiros e clínicos dessas práticas, incentivando maior adesão.
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A Farmacoeconomia como Pilar do Stewardship
A análise farmacoeconômica avalia a relação custo-benefício do uso racional de antimicrobianos. Além de demonstrar economia direta, como a redução do uso de medicamentos desnecessários, ela quantifica os custos evitados com complicações e hospitalizações decorrentes de infecções resistentes.
Esse dado é crucial para:
Justificar investimentos em equipes multidisciplinares de stewardship.
Ampliar programas de educação e treinamento.
Convencer gestores hospitalares e administradores sobre o impacto positivo de tais iniciativas.
Fala do Professor João Victor Laureano sobre o tema
Durante o Health Meeting Business & Innovation, na 9ª Jornada de Farmácia Hospitalar do Sindihospa, o professor João Victor Laureano abordou o tema Farmacoeconomia no Stewardship de Antimicrobianos. Em sua palestra, ele destacou:
"É preciso mostrar que investir no uso racional de antimicrobianos não é apenas uma questão de saúde, mas também de sustentabilidade financeira. Instituições que adotam programas robustos de stewardship conseguem não só melhorar desfechos clínicos, mas também evitar custos significativos associados a complicações evitáveis. A farmacoeconomia traduz esses resultados em números claros, o que facilita a tomada de decisão por parte de gestores."
Ele ainda enfatizou a necessidade de integrar os esforços de stewardship com políticas nacionais de combate à RAM, destacando a importância da colaboração entre médicos, farmacêuticos e gestores hospitalares.
REFERÊNCIAS
GBD 2021 Antimicrobial Resistance Collaborators (2024). Global burden of bacterial antimicrobial resistance 1990-2021: a systematic analysis with forecasts to 2050. Lancet (London, England), 404(10459), 1199–1226.
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